
A OUTRA HISTÓRIA DA FORMIGA

A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão.
Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.
E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela
movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.
Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir? A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida..."
"PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS;
PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS;
PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS."
PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS;
PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS."
(Noé)
Fonte: Páginas Ilustradas de Isac Rodrigues

Provas
Impacto Do Voto Evangélico Nas Eleições Para Presidente

A Agência de notícias BBC Brasil publicou, nesta quinta feira (28/10), ampla matéria sobre o voto dos evangélicos, confira:
As eleições para presidente chamaram atenção para o peso do voto evangélico no Brasil, mas os fatores que influenciam a decisão dessa faixa de eleitores e a coesão do movimento como força eleitoral despertam opiniões divergentes. Para o sociólogo Paul Freston, que estuda o papel dos evangélicos na política desde os anos 1980, não existe um voto evangélico coeso. Uma coisa, diz ele, é o discurso de líderes evangélicos. Outra é examinar a maneira de o evangélico comum votar.
"Não é um voto de cabresto. Mesmo quando o pastor é candidato e toda a igreja é mobilizada para votar nele, há casos de derrota fragorosa. Os membros parecem estar obedientes, mas não estão", diz ele à BBC Brasil. “Estamos falando de pessoas que são cidadãos comuns, têm sua inserção na sociedade. Elas levam em consideração fatores pessoais, profissionais, de família, de classes”, enumera Freston, professor da Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo, e da Balsillie School of International Affairs, no Canadá.
Na opinião do sociólogo Alexandre Brasil Fonseca, se há coesão, ela vem não do fato de serem eleitores evangélicos, mas sim dos outros elementos que definem a identidade dos grupos – como origem social e capital cultural. “O espectro evangélico é amplo e inclui diversas tendências e opiniões”, diz Fonseca, diretor do Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde (Nutes), da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “O fato de os fiéis estarem numa igreja e falarem 'amém' para um pastor não deve ser visto como uma adesão integral. "
Pastores
De acordo com levantamento do cientista político Antonio Lavareda, o segmento evangélico representa 25% do eleitorado brasileiro – cerca de 34 milhões de pessoas. E, na avaliação do pesquisador, a influência dos líderes religiosos sobre os fiéis é maior no caso dos evangélicos. "Pesquisas têm apontado que o contingente evangélico tem maior capacidade de ser influenciado pelos seus bispos e pastores do que o contingente dos católicos", diz Lavareda.
“Temos 62% do eleitorado se dizendo católico, mas padres e bispos da igreja estão longe de terem a influência que os pastores evangélicos têm", compara o cientista político, que é especialista no estudo de processos eleitorais e foi consultor de comunicação nas candidaturas presidenciais de Fernando Henrique Cardoso. Lavareda diz que a sociedade brasileira é eminentemente religiosa e que o circuito das igrejas sempre foi um instrumento fundamental nas agendas de campanhas.
“Todos os candidatos precisam interagir com as igrejas, frequentar os templos, ser apresentados por padres e pastores aos eleitores. É um ingrediente típico na disputa", afirma. Na disputa presidencial deste ano, a aproximação com lideranças evangélicas foi uma das apostas das campanhas de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que procuraram participar de missas e cultos e tentaram se identificar como políticos que valorizam a fé.
Ambas as campanhas contam com uma coordenadoria evangélica para dialogar com pastores e buscar apoio em diferentes igrejas. E temas como o aborto e o casamento homossexual se tornaram pontos sensíveis da campanha, com o segundo turno marcado por cobranças por um posicionamento claro sobre esses assuntos.
Debate moral
Na avaliação do diretor do Nutes, o posicionamento em relação a temas sensíveis pode ser decisivo para parte dos evangélicos. “Para este eleitorado, a questão moral tem significativo peso e centralidade na definição do voto.” Já Paul Freston diz que, no Brasil, os eleitores não costumavam decidir o voto com base em uma única questão, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos – onde é comum o chamado “single issue vote” (voto baseado em uma questão central).
"No Brasil, historicamente, os evangélicos não votam assim, outras questões têm uma importância maior. Ainda é cedo para afirmar, mas isso pode estar mudando”, avalia o sociólogo. A expansão da esfera de influência do eleitorado evangélico do Legislativo para o Executivo é outro fenômeno recente apontado por pesquisadores. Os evangélicos já têm três décadas de tradição em eleger representantes para o Poder Legislativo.
"Influenciar uma disputa presidencial é mais difícil", diz Freston. “Afinal, apesar de serem um grupo grande, os evangélicos são uma minoria.” “Neste ano, tivemos o caso da Marina Silva, a evangélica que chegou mais perto da Presidência até hoje, com quase 20% dos votos", acrescenta o sociólogo. "O fato de ela ser evangélica teve impacto neste resultado. E ela foi discreta, não fez o mesmo uso eleitoral da identidade evangélica que o Garotinho fez em 2002."
Fonte: BBC Brasil
"Esperamos que nós evangélicos nos posicionarmos de forma coerente com nossos principios, que acima de tudo esteja o bem maior da nação, "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança." Salmos 33.12 - QUE DEUS ABENÇOE O BRASIL!
(Nossa Icapuí 29 de outubro de 2010 12:06)
"Vamos nos comportar como verdadeiros cristãos éticos, porque o povo de Deus são povo forte,e assim vamos nos posicionar com autêntica coerência e votar naquele que o seu coração desejar, aguardando o resultado e, orar por aquele que será o Presidente da República, pois a palavra do senhor nos diz, que devemos orar pelas as autoridades, porque elas são constituídas, ou seja ordenadas por Deus." Romanos 13 e 1 (joceilma 31 de outubro de 2010 00:57)
Fonte: http://www.ubeblogs.net/2010/10/impacto-do-voto-evangelico-nas-eleicoes.html
(Nossa Icapuí 29 de outubro de 2010 12:06)
"Vamos nos comportar como verdadeiros cristãos éticos, porque o povo de Deus são povo forte,e assim vamos nos posicionar com autêntica coerência e votar naquele que o seu coração desejar, aguardando o resultado e, orar por aquele que será o Presidente da República, pois a palavra do senhor nos diz, que devemos orar pelas as autoridades, porque elas são constituídas, ou seja ordenadas por Deus." Romanos 13 e 1 (joceilma 31 de outubro de 2010 00:57)
Fonte: http://www.ubeblogs.net/2010/10/impacto-do-voto-evangelico-nas-eleicoes.html

Leis perigossímas e silenciosas. PROPAGUEM!
PRÓXIMA POSTAGEM: LEIS NA ÍNTEGRA (e links do site do senado). Por favor, tirem as suas próprias conclusões.
Acostumados a conquistar fiéis com a oratória, pastores evangélicos querem agora alterar algumas palavras para impedir que a discriminação contra homossexuais seja tratada como crime, passível de até cinco anos de prisão, conforme prevê projeto de lei que deve ser votado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Depois de fracassarem na Câmara, onde não conseguiram evitar a aprovação da proposta em novembro do ano passado, os religiosos mudaram de estratégia. Em vez de proporem aos senadores o simples arquivamento do projeto, defendem uma versão mais amena para evitar, segundo eles, que a nova lei atente contra a liberdade religiosa.
O texto que está nas mãos dos senadores amplia as leis que já proíbem a discriminação – mas que hoje se restringem a raça, cor, etnia, religião e procedência nacional – para também tipificar como crime o preconceito por “gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero” (veja a íntegra do projeto).
Sem acordo
Encampada pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), a proposta dos religiosos pretende incluir na nova lei apenas a discriminação por “sexo”. “Nesses termos, não há acordo”, avisa a relatora do projeto, senadora Fátima Cleide (PT-RO). “Isso mata o projeto”, justifica.
Em uma última tentativa de acordo, Fátima vai receber hoje (29) um grupo de pastores evangélicos capitaneados por Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho do fundador da entidade, Edir Macedo. Eles querem convencer a relatora a rever o seu parecer, favorável ao projeto apresentado na Câmara em 2001 pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP). O texto só não foi votado semana passada por causa da intervenção do senador, que pediu mais tempo para analisar o relatório de Fátima.
Para Crivella, o projeto relatado pela petista é inconstitucional e vai contra as liberdades individuais. “Concordo que é preciso garantir os direitos humanos dos homossexuais e acabar com o preconceito e a discriminação. O problema é como fazer isso sem que se fira o direito de liberdade de culto, expressão, fé e opinião”, afirma ao Congresso em Foco.
Na opinião do senador, o Projeto de Lei 122/06 é rigoroso demais e prejudica a pregação religiosa. “Não pode haver crítica. Não se pode falar nada, porque o projeto considera isso incitação ao ódio. A lei não pode ser radical”, critica. “Querem proibir o pastor de pregar. Não podem achar que é agressivo o que a bíblia diz. A bíblia diz que é pecado. A bíblia diz que adultério é pecado, mas nem por isso as pessoas saem às ruas apedrejando adúlteros”, acrescenta.
Alterações
Além de excluir o termo “orientação sexual” da lei contra a homofobia, em seu voto em separado, Crivella também elimina pontos considerados inaceitáveis pelos pastores evangélicos. O mais sensível deles, na visão dos religiosos, é o que prevê até três anos de prisão para quem “impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência (de homossexuais) em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público”. É o caso, por exemplo, dos templos religiosos (leia mais sobre o projeto).
Outro dispositivo excluído pelo bispo da Universal é o que torna crime “impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público” de homossexuais nos quais isso seja permitido aos heterossexuais. “Daqui a pouco vão fazer sexo debaixo das nossas janelas e não poderemos dizer nada, porque será discriminação, será crime”, protestou recentemente o senador Magno Malta (PR-ES), também pastor evangélico e o mais feroz opositor ao projeto no Senado.
Crivella também exclui, em sua proposta, o dispositivo que prevê até cinco anos de reclusão para quem recusar, impedir ou prejudicar a entrada e a ascensão de homossexuais, em função da orientação sexual, em “qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional”.
“Os homossexuais também têm de aprender a lidar com a diferença de pensamento e opinião. O Estado não pode se meter na religião. Caso esse projeto vire lei, o pastor homossexual não vai poder ser demitido. Os professores dos institutos bíblicos e das escolas dominicais também não, porque têm vínculo empregatício”, reclama o senador fluminense.
Inaceitável
Para o coordenador-executivo da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Igo Martini, a proposta defendida pelos religiosos é inaceitável e mantém o caminho aberto para a homofobia. “A gente quer saber de qual sexo ele (Crivella) está falando”, afirma, em referência à exclusão do termo “orientação sexual” do projeto de lei.
Na avaliação de Martini, a mudança proposta pelos evangélicos descaracteriza por completo o projeto original. “Assim não vai ter mais lei de combate à homofobia. Esse projeto não nos dirá mais respeito”, considera.
“Se a homossexualidade é um pecado, na visão deles, não vamos interferir nisso. Não aceitamos é a violência. Se um bom pastor tem de ser expulso da igreja só porque se descobriu que ele é gay, é claro que isso é preconceito”, critica.
Bestialidade e aberração
O exemplo mais claro disso, na opinião de Igo Martini, foi o pronunciamento feito há duas semanas por Magno Malta, no qual o senador afirmou que a criminalização da homofobia é o primeiro passo para tornar legais anomalias como a pedofilia e a necrofilia (atração sexual por cadáveres).
"Qualquer indivíduo agora pode levar uma jumenta pra dentro de Casa, porque o Ibama só pune se for animais exóticos ou silvestres. A bestialidade de levar uma jumenta é uma opção sexual, ninguém pode dizer nada. Necrofilia, opção sexual”, disse o senador, em aparte a um colega (veja o vídeo com as declarações de Magno).
Magno disse mais: “Minha preocupação agora é que hoje a pedofilia é tida como doença mental. No mundo espiritual, pra mim, isso é demônio. Mas se nós aprovarmos esse texto dizendo que não podemos discriminar a opção sexual, pra mim, legaliza a pedofilia. O pedófilo, sob orientação do advogado, vai dizer pro juiz que é sua opção sexual. Ele vai dizer ‘minha opção sexual, menina de sete ou nove anos’. Não poderão ser tratados como loucos ou criminosos”.
Para Magno Malta, o PLC 122/06 é uma “aberração” e institui uma inusitada ditadura no país. “Proponho aos senadores que ele morra no ninho. Não sei nem por que passou na Câmara. Da maneira como está posto, estamos instituindo uma ditadura homossexual no Brasil”, declarou.
“Você não pode discriminar o gesto afetivo. Eles podem se beijar no banco da igreja. E o padre não pode dizer: não beijem aqui, isso aqui é uma igreja. Está discriminando”, emendou. Procurado pela reportagem na última sexta-feira, o senador não foi encontrado porque estava em missão oficial pela Amazônia.
Constitucionalidade
Considerado o mais radical opositor no Senado pelos integrantes do movimento gay, Magno Malta quer que o projeto de lei contra a homofobia seja analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser examinado pela Comissão de Direitos Humanos, onde deve ser votado.
A um grupo de evangélicos, o senador informou na semana passada que tem o aval do presidente da CCJ, Marco Maciel (DEM-PE), para relatar a proposta na comissão. A informação, no entanto, não foi confirmada pela secretaria do colegiado. Crivella adiantou ao Congresso em Foco que também é candidato à relatoria do projeto na CCJ.
“Em favor da família e preservação da espécie humana. Deus fez macho e fêmea"
Esta é a mensagem do pastor Silas Malafaia espalhada pelas ruas do Rio de Janeiro. São 600 outdoors que, segundo o reverendo, tem como objetivo defender os princípios cristãos e valorizar a família.
Quanto à afirmação de que tal publicidade tem cunho eleitoreiro e pretende fazer uma objeção sutil a certas candidaturas, Malafaia responde que há leis perigosíssimas tramitando no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas com o intuito de violentar os princípios cristãos. Deve estar se referindo à união civil entre homossexuais, por exemplo.
“Precisamos despertar para a gravidade dessa questão. Somente com Cristo é possível preservar os valores estabelecidos na Bíblia para a família. O povo de Deus tem papel fundamental na propagação dessa verdade. Não podemos olhar um quadro desafiador como esse e ficar de braços cruzados“, adverte o pastor.
Acostumados a conquistar fiéis com a oratória, pastores evangélicos querem agora alterar algumas palavras para impedir que a discriminação contra homossexuais seja tratada como crime, passível de até cinco anos de prisão, conforme prevê projeto de lei que deve ser votado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Depois de fracassarem na Câmara, onde não conseguiram evitar a aprovação da proposta em novembro do ano passado, os religiosos mudaram de estratégia. Em vez de proporem aos senadores o simples arquivamento do projeto, defendem uma versão mais amena para evitar, segundo eles, que a nova lei atente contra a liberdade religiosa.
O texto que está nas mãos dos senadores amplia as leis que já proíbem a discriminação – mas que hoje se restringem a raça, cor, etnia, religião e procedência nacional – para também tipificar como crime o preconceito por “gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero” (veja a íntegra do projeto).
Sem acordo
Encampada pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), a proposta dos religiosos pretende incluir na nova lei apenas a discriminação por “sexo”. “Nesses termos, não há acordo”, avisa a relatora do projeto, senadora Fátima Cleide (PT-RO). “Isso mata o projeto”, justifica.
Em uma última tentativa de acordo, Fátima vai receber hoje (29) um grupo de pastores evangélicos capitaneados por Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho do fundador da entidade, Edir Macedo. Eles querem convencer a relatora a rever o seu parecer, favorável ao projeto apresentado na Câmara em 2001 pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP). O texto só não foi votado semana passada por causa da intervenção do senador, que pediu mais tempo para analisar o relatório de Fátima.
Para Crivella, o projeto relatado pela petista é inconstitucional e vai contra as liberdades individuais. “Concordo que é preciso garantir os direitos humanos dos homossexuais e acabar com o preconceito e a discriminação. O problema é como fazer isso sem que se fira o direito de liberdade de culto, expressão, fé e opinião”, afirma ao Congresso em Foco.
Na opinião do senador, o Projeto de Lei 122/06 é rigoroso demais e prejudica a pregação religiosa. “Não pode haver crítica. Não se pode falar nada, porque o projeto considera isso incitação ao ódio. A lei não pode ser radical”, critica. “Querem proibir o pastor de pregar. Não podem achar que é agressivo o que a bíblia diz. A bíblia diz que é pecado. A bíblia diz que adultério é pecado, mas nem por isso as pessoas saem às ruas apedrejando adúlteros”, acrescenta.
Alterações
Além de excluir o termo “orientação sexual” da lei contra a homofobia, em seu voto em separado, Crivella também elimina pontos considerados inaceitáveis pelos pastores evangélicos. O mais sensível deles, na visão dos religiosos, é o que prevê até três anos de prisão para quem “impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência (de homossexuais) em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público”. É o caso, por exemplo, dos templos religiosos (leia mais sobre o projeto).
Outro dispositivo excluído pelo bispo da Universal é o que torna crime “impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público” de homossexuais nos quais isso seja permitido aos heterossexuais. “Daqui a pouco vão fazer sexo debaixo das nossas janelas e não poderemos dizer nada, porque será discriminação, será crime”, protestou recentemente o senador Magno Malta (PR-ES), também pastor evangélico e o mais feroz opositor ao projeto no Senado.
Crivella também exclui, em sua proposta, o dispositivo que prevê até cinco anos de reclusão para quem recusar, impedir ou prejudicar a entrada e a ascensão de homossexuais, em função da orientação sexual, em “qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional”.
“Os homossexuais também têm de aprender a lidar com a diferença de pensamento e opinião. O Estado não pode se meter na religião. Caso esse projeto vire lei, o pastor homossexual não vai poder ser demitido. Os professores dos institutos bíblicos e das escolas dominicais também não, porque têm vínculo empregatício”, reclama o senador fluminense.
Inaceitável
Para o coordenador-executivo da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Igo Martini, a proposta defendida pelos religiosos é inaceitável e mantém o caminho aberto para a homofobia. “A gente quer saber de qual sexo ele (Crivella) está falando”, afirma, em referência à exclusão do termo “orientação sexual” do projeto de lei.
Na avaliação de Martini, a mudança proposta pelos evangélicos descaracteriza por completo o projeto original. “Assim não vai ter mais lei de combate à homofobia. Esse projeto não nos dirá mais respeito”, considera.
“Se a homossexualidade é um pecado, na visão deles, não vamos interferir nisso. Não aceitamos é a violência. Se um bom pastor tem de ser expulso da igreja só porque se descobriu que ele é gay, é claro que isso é preconceito”, critica.
Bestialidade e aberração
O exemplo mais claro disso, na opinião de Igo Martini, foi o pronunciamento feito há duas semanas por Magno Malta, no qual o senador afirmou que a criminalização da homofobia é o primeiro passo para tornar legais anomalias como a pedofilia e a necrofilia (atração sexual por cadáveres).
"Qualquer indivíduo agora pode levar uma jumenta pra dentro de Casa, porque o Ibama só pune se for animais exóticos ou silvestres. A bestialidade de levar uma jumenta é uma opção sexual, ninguém pode dizer nada. Necrofilia, opção sexual”, disse o senador, em aparte a um colega (veja o vídeo com as declarações de Magno).
Magno disse mais: “Minha preocupação agora é que hoje a pedofilia é tida como doença mental. No mundo espiritual, pra mim, isso é demônio. Mas se nós aprovarmos esse texto dizendo que não podemos discriminar a opção sexual, pra mim, legaliza a pedofilia. O pedófilo, sob orientação do advogado, vai dizer pro juiz que é sua opção sexual. Ele vai dizer ‘minha opção sexual, menina de sete ou nove anos’. Não poderão ser tratados como loucos ou criminosos”.
Para Magno Malta, o PLC 122/06 é uma “aberração” e institui uma inusitada ditadura no país. “Proponho aos senadores que ele morra no ninho. Não sei nem por que passou na Câmara. Da maneira como está posto, estamos instituindo uma ditadura homossexual no Brasil”, declarou.
“Você não pode discriminar o gesto afetivo. Eles podem se beijar no banco da igreja. E o padre não pode dizer: não beijem aqui, isso aqui é uma igreja. Está discriminando”, emendou. Procurado pela reportagem na última sexta-feira, o senador não foi encontrado porque estava em missão oficial pela Amazônia.
Constitucionalidade
Considerado o mais radical opositor no Senado pelos integrantes do movimento gay, Magno Malta quer que o projeto de lei contra a homofobia seja analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser examinado pela Comissão de Direitos Humanos, onde deve ser votado.
A um grupo de evangélicos, o senador informou na semana passada que tem o aval do presidente da CCJ, Marco Maciel (DEM-PE), para relatar a proposta na comissão. A informação, no entanto, não foi confirmada pela secretaria do colegiado. Crivella adiantou ao Congresso em Foco que também é candidato à relatoria do projeto na CCJ.
Esta é a mensagem do pastor Silas Malafaia espalhada pelas ruas do Rio de Janeiro. São 600 outdoors que, segundo o reverendo, tem como objetivo defender os princípios cristãos e valorizar a família.
Quanto à afirmação de que tal publicidade tem cunho eleitoreiro e pretende fazer uma objeção sutil a certas candidaturas, Malafaia responde que há leis perigosíssimas tramitando no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas com o intuito de violentar os princípios cristãos. Deve estar se referindo à união civil entre homossexuais, por exemplo.
“Precisamos despertar para a gravidade dessa questão. Somente com Cristo é possível preservar os valores estabelecidos na Bíblia para a família. O povo de Deus tem papel fundamental na propagação dessa verdade. Não podemos olhar um quadro desafiador como esse e ficar de braços cruzados“, adverte o pastor.

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